sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Apenas recordando...

- Estou me arrumando para ir ao trabalho, vocês podem ir ao mercado?
- Há sim claro, vamos dar banho no bebê também.
- Puxa, me deixa ser a solteira só hoje? Você fica aqui e cuida da casa.
- Não, a gente combino que seria assim.
Bons tempos, queríamos tanto ser adultas. Encenávamos com orgulho a vontade de ser gente grande. Se não fosse pelo fato de que a comida nunca era comestível, diria que poderíamos viver ali mesmo, embaixo do pé de manga com alguns talheres de plástico e bonecas sempre pela metade.
Hoje estou aqui feito uma boba, recordando tempos de infância e pensando como era natural ser criança, como era de grande satisfação o fato de recolher-se num cantinho da casa no dia de chuva e arrumar os brinquedinhos de plástico, fazendo daquele meio metro quadrado um mundo só meu, enquanto o resto da família fazia qualquer outra coisa, as quais eu desconhecia totalmente.
Esses dias passando lá na rua de casa, na correria por uns documentos da faculdade, vi duas menininhas, cada qual com sua Barbie e Bob, a cena me fez não só lembrar mas também sentir o que era estar na calçada da rua brincando com as bonecas.
É, bons tempos aqueles em que eramos felizes e não sabíamos .
E poderei eu estar dizendo amanhã o mesmo em relação ao tempo de agora, pois pelo que me parece a real felicidade é aquela que não se tem consciência.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Caos

Ai se todos seguíssemos os mandamentos da Bíblia, estaríamos em paz suponho.Mas não, tudo acontece envolvendo todos, como num saco de batatas. Estamos sujeitos a agressividades, quando não, estamos a executando.Eu estava pensando o quanto é difícil manter a calma, quando parece que certas batatas na verdade querem nos atrofiar,querem nos inibir de ser... Maldita inveja, arrogância, ó inescrupuloso julgamento, de onde tu saiu para me apunhalar? A nascente de todas essas palavras bandidas "desconheço", e ainda dentro deste saco espero dizer e ouvir palavras bonitas e singelos sorrisos. O tempo está aí para a auto-correção, o julgamento fica pra depois porra.Não vamos nos antecipar, nem tudo o que parece ser é.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Cotidiano, vida de cão

Almoçamos todos os dias num restaurante próximo à praça da igreja. Lá na praça "residem" vários cachorros. Eles aproveitam a boa sombra, o gramado e a caridade de alguns que lhe jogam restos às vezes.
Eu e minha colega de trabalho percebemos então, que eram sempre os mesmos cachorros que estavam por ali, uns branquinhos, outros preto, grande, pequeno, com sarna, sem sarna.
Numa quarta-feira resolvemos então começar a levar um pouco de ração e água para eles que tanto nos fazem companhia no horário de descanso do trabalho. Levamos com o maior bom gosto, assoviamos pros bichinhos que vieram correndo e abanando o rabo pulguento.
Comeram e beberam....logo o branco sem sarna já estava satisfeito e esticado no gramado e provavelmente com o pensamento de que a água e ração ali estavam para o lanche da tarde.
Sentadas no banco e satisfeitas tanto quanto os cachorros, numa fração de segundo avistamos a cena...um senhor de idade, funcionário da prefeitura que varria as folhas por ali, aproximou-se da água fresca e alimento canino, e com um ato “anônimo” jogou tudo no gramado.
Indagadas e com sede de questionamento perguntamos o porque. A resposta automática veio como num acesso ao Google: “Não posso deixar isso aqui, a fiscalização pode ver e a bronca vem pra mim”.
Pensamos por alguns segundos com a dita expressão “cara de cú”, parecia estarmos de mãos atadas...o que fazer? Disse a ele que com relação a dengue (que inclusive vem tomando conta principalmente nas periferias da cidade, ainda mais agora no verão) não teria problema, pois poderíamos trocar a água diariamente.
O velho magricela grisalho com uma vassoura em mãos de olhar conformado como o de um BOM funcionário público que cumpre certamente as regras nos fez crer naquele momento que regras estão valendo mais que fome e sede.

Cidade de Cambé

sábado, 3 de janeiro de 2009

Merecemos praticar logo após a reflexão...

É incrível como de repente a alma desperta para o viver, em meio ao tédio homicida uma idéia cai do céu, o raio de sol ilumina até o dedão do pé, esta é a oportunidade!
É nessas horas de auto-estima que produzimos mais e mais, produzimos no trabalho, em casa, com os amigos, com nós mesmos, e até no blog. Nada nos cansa, tudo é tolerável, este é o perfeito estado do espírito. Mas é estranho, porque do nada ele desaparece, a nuvem negra chega de amarelo e toma conta. Por que isso? Eu, sinceramente não sei a resposta, mas creio que seja porque o tempo nos faz esquecer qual era o objetivo primário que nos fez começar a andar em busca de algo, somos movidos por uma vontade inicial que nos leva a realizar alguma coisa, porém, no caminho existem pedras, espinhos, tiros, arames farpados, os quais nos cansam e nos fazem perder o foco.

Pensando nisso, precisamos estar preparados para percorrer este caminho fodástico. E estar preparado é primeiramente ter um foco, depois manter os olhos fixos nele, logo ali depois da curva está o foco, só temos que fazer a curva sem cair, e se cair levantar o mais rápido possível porque o tempo não para e o caminho é longo.
Tudo o que se faz continuamente trará um resultado, independe de certo ou errado, positivo ou negativo, o resultado existe. É uma questão de lógica e escolha, nós escolhemos de que espécie será o resultado, só que para isso é preciso estar preparado para a caminhada, ela é desconhecida, ela é a grande prova pra nos fazer merecedor.
Estar preparado para o que vai acontecer é como ter super poderes, para cada golpe uma estratégia para cada perca um começo, e ai vai.

Para que isso tudo? Pra ter o que fazer, entende? Por que quando o ser humano não tem o que fazer, ele fica sem graça, ele não interfere em nada, não progride, não ajuda nem atrapalha, ainda que faça o mínimo ainda pode-se alcançar mais. E como tudo o que se faz continuamente tem um resultado, aqui não será diferente. O resultado de fazer 99% nada e reclamar de tudo é o desânimo e a desgraça, assim como o amor influência as pessoas outros fatores também influenciam, e este é um grande problema do qual fazemos parte.

Vivemos num ciclo de dependência, uma simples ação de um indivíduo interfere na vida do outro. Por isso, se pensarmos bem, uma atitude pode voltar-se contra nós mesmos. Para aqueles que dão valor em suas vidas automaticamente farão uma seleção de atitudes, andarão com uma potente peneira no bolso, estes estarão mais fortes com isso, com muitos anticorpos.
Para os que querem nada e não vê valor em coisa alguma, estes precisam de um começo.
Vivemos num ciclo de dependência, mas antes disso, existe o individual independente. As influencias externas são fortes, mas só podem ser bem aproveitadas quando o interior é flexível e mantém o foco perante elas. Ainda que todos sejam influenciados, cabe a cada um saber viver. Óbvio que ninguém nasce sabendo, o objetivo é aprender e o mais primário dos focos são os sentimentos, essas tais vontades que fazem mover este mundão.

Sugiro artigos que falam sobre como organizar o tempo no dia-a-dia.
http://www.triadedotempo.com.br/
Experimente na hora da novela ou seriados, uma troca, uma escolha.