domingo, 30 de março de 2014

Quem vai explicar que “proximal” é com X



Veja só como é a força do vento
Sinta bem a caída da noite
ou então
Sinta bem a força do vento
Veja só como é a caída da noite
Nas cidades as luzes não param
E na escuridão o que teremos?
Quem passará pela noite de carnaval?
Penso ao longe na água gelada
Na noite do litoral
Um farol anunciou a chegada
Dos viajantes que passam
Passam... e ao longe espero a chegada mais próxima.

quarta-feira, 26 de março de 2014

O encontro da despedida...

A gente começa ir embora muito antes do que imaginamos!
Na verdade toda chegada já é partida se analisarmos bem.
O bom é aproveitar o caminho...
Por aqui me desfaço de algumas memórias, guardo com carinho outras histórias. No armário cada vez mais os objetos ali fazem menos sentido e vou esvaziando o quarto que deixa de ser labirinto. Transforma-se num quase vazio a ponto de ser preenchido, e o ar passa mais fácil, agora o caminho que se abriu me deixa ver claramente o horizonte e respirar mais, ar, ar puro.
A gente se despede antes mesmo de ir, e no nosso âmago vamos sentindo algo novo que nos chama para uma nova etapa, algo que nos encanta e nos despedimos sem olhar pra trás, mas suave e breve como na canção "se for pra sempre seja breve, seja firme, seja leve, seja bravo, seja breve".
Nos despedimos sempre que precisamos partir, de um jeito ou de outro sempre vamos, porque algo maior nos chama, talvez o próprio movimento de ir nos chama e então vamos! Sem mais nem menos. Apenas seguimos o caminho de luz. Eu desejo renovação sempre que precisarmos, desejo coragem pra ir, força pra renovar e fé, acreditar que o NOVO sempre está aí!

sexta-feira, 21 de março de 2014

O MÁTRIO

Minha particularidade é uma meia sombra e um jantar satisfeito
Meu tédio é o equívoco
E o inequívoco passa em claro
Minha substância é chuva
Minha ausência é o calado
Mas a presença é brisa
e é brasa.
Arretar é paradigma
Errar, perdição.
E o perdão? Há diáfano!
Urro no escuro.
Besta diferente de bestar.
Atenção no ímpeto
Quem poderá dizer se hoje meus olhos acordaram claros?
Os rastros de um rarefeito nem sempre compassado
O ato? Desejo.
E o despertar se não hoje
Me esperanço em daqui a pouco
Tento
Se não...amanhã!
Pois lá e blablabla
Hoje, doce.
Só.
O mátrio.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Final feliz pra um aprendiz

Pro amor não me atrevo a inundar palavras
Sei que o Rock N Roll combina com a cidade
Mas também paira sobre os campos...
Aquela filosofia na moldura, nas cadeiras
O olhar intacto de quem profetiza
As conversas orgânicas
O sonho como herança
Tudo isso segue
Atemporal baby
Aleatório
Linear e cronológico
Todo o sistema transmite sorrisos
Sonoros
Alerta a inquietação do canto brando
Melodia baby
Encanto
Canseira
Desconhecido desencontro
Quando o coração sorri...
Tudo é...
O coração que sorri !



quarta-feira, 12 de março de 2014

Todos se colocam


os objetos do quarto ficam intactos
todos misturados
e isso me faz pensar;
que a chuva lá fora e o som que ouço dos pássaros
me colocam num certo lugar
de paz e luz, pairar no ar
reluzir e lapidar...
em toda família há magia
e em toda doutrina anestesia
os cães passam lá fora, sabe-se lá o que
as mães andam com toda energia do mundo carregando seus bebês
me coloquei a pausar
e na ilusão de não se afogar 
em qualquer regime
estou a observar o ambiente
separando tudo
cada coisa no seu lugar
e logo...a retina se esclarece
e sem nenhuma pressa
estou a respirar
uma canção?
Claro!

segunda-feira, 10 de março de 2014

ROTULAGEM VOLANTE

Tanto faz
pois agora o tempo passa
como um metrô
ou como qualquer outra coisa
que só vai
nada que
um pão com manteiga
e logo mais um café
não resolve
as bancas de jornais
os edifícios pichados
me fazem
em dias de chuva
além de andar nas ruas
querer deitar
e chá
e dormir
e a televisão fica
como qualquer outra coisa
que só fica
e passa
histórias emquadrinhos
memórias infantis
coleção de algum jogo
a cabeceira aleatória
de alguma cama antiga
fica na memória
fica
o dom de olhar pra frente
pra qualquer outro lugar
já nem existe
tudo excita
tudo êxita
mas as coisas paradas da cidade
entre o colorido misturado com o cinza
fica fica


ULTRAPASSAGEM DIAS ATRÁS

Na verdade não acho tanta graça no mundo
E não culpo as prostitutas os mendigos e vagabundos

Na verdade o que é gratuito está estampado
Mas estão todos muito ocupados falando calados

Eu me encontro muito além
na linha do horizonte
na figura que é o trem
Penso o intrínseco vendo as luzes da cidade
de um sobrado, lá de cima
imagino a espécie humana
num mar de poesias
nada mais

Na verdade o estatutário
nunca me dominou
muito menos conquistaria
meu coração quente
busca não na pressa
nem contra a corrente

Dos corações  infame
piedade devem pedir
mas a minha biologia
está repleta de raízes
que duram
fazem valer
a cor vermelha!

Sem o paradigma exaustivo
De viver
Vamos indo além
organicamente
nos fazendo entender


INSPIRO

Cogitando as idéias mais loucas...
mais vale um dia pensando que dois mecânico
me arrisco porque é simples: não tenho medo de perder!
nem contaria minhas vantagens
pois estão em uma linha linha do horizonte
nada quantitativo
nem linear
no intuito sigo
poema-poeta-poetizar

INOV

Nem nos damos conta de que
De uma outra forma e na mesma expectativa
Tudo continua à moda antiga.

TIRAGEM

Noites tardes de cela vazia
nos preocupamos com o tempo
desconfiamos do vento
e somos nós quem o desafia
em constante movimento
achando que a maré está contra
tudo depende do ponto de vista
a mãe olá pode ser recusa ou bem-vinda
quem sabe sobre a visão do turista
quem sabe sobra alguma coisa na ida

Nos campos verdejantes
nossa visão é minimalista
macro é o sistema
que delimita uma risca
onde as curvas são acentuadas
cuidado! há perigo
pois descer os campos abaixo
pode ser sinônimo  de abrigo
alguns vão pelo céu
outras terra, noutros mar
o encontro das criaturas distintas
é um campo magnético
pouco importa  o ético
em encontro transcendental
qualquer transeunte
é o mais puro astral