A Bailarina Estarrecida

De longe ela vem...
em formato de pintura
a bailarina estarrecida!
de machucadas unhas
Solitária e alongada
pele branca, calada

Ela ouve o canto dos pássaros
ela canta uma voz subterrânea
a bailarina estarrecida!
acordo todos os dias
pra vida
ela faz mil passos em silêncio
não sorri, quase nem chora
ela está em toda parte
vive há alguns dias atrás
vive no nada do agora
a bailarina estarrecida!

Estou no quase, no nada...o amor morrendo em suspiros

O que eu tenho não é uma opinião. O que eu tenho é o que eu sinto,
e o que eu sinto
é um cadáver em não decomposição
sinto-me enterrada
andando e olhando pro chão
sinto o ar mas não tenho respiração
senti náusea subitamente em confusão
o que eu sinto está nos meus órgãos
todos caídos ao chão
sinto pena dessa situação
só ilusão!
vou seguindo à esmo
por aí sem coração
vazio, em vão em vão